Eliete Souza

O TEMPO QUE CABE NOS TEUS BRAÇOS

 

Me envolvo nos teus braços por frações de segundo que, estranhamente, parecem durar uma vida.
Tua pele, teu cheiro e tua voz me embriagam e me levam a águas profundas e calmas.

Suspiro ao lembrar dos teus lábios me procurando, e minha pele arrepia quando recordo o som da tua voz em sussurros.
Te vivo sem viver em ti; guardo-me nos meus próprios devaneios, que insistem em me perseguir —
o querer-te, o desvendar-te e, quem sabe, um dia, também habitar em ti.