Vênus

Síndrome de Estocolmo




Presa em lembranças,

Presa em suas teias...

Presa.

 

Pena de morte, minha alma por perdão...

Pena de ti, por ser o que vejo hoje, na tela do celular.

 

Em tuas mãos que de sangue, se sujam.

Cruel destino, infelicidade...

Sangue esse, que não é meu, mas sim de sua amada.

 

Preso na maldição, 

Marido agressor, jovem abusador...

Preso em sua própria sujeira. 

 

Presa em Estocolmo, 

Estou como presa, 

Pagando por esses pecados,

Que nem sei se são meus.

 

Presa em seus olhos, à procura de atenção, 

Tento ser vista, ser desejada, ser amada e aceita,

Enquanto procuro por olhares que me lembrem os seus. 

 

Venus. 12, novembro, 2025.