Sinto um nó no peito,
mas não sei o nome.
É raiva? É medo?
Ou só o eco de algo que some?
As lágrimas vêm, mas não contam por quê,
o corpo fala onde a alma se cala.
Há um grito preso entre o “não sei” e o “talvez”,
uma saudade antiga que não se embala.
Aprendi que sentir doía demais,
então guardei tudo em silêncio.
Construí muros com raciocínio e paz,
mas por dentro, o caos era imenso.
Hoje procuro palavras como quem cava ouro,
nas terras secas do meu coração.
Quero chamar o que sinto pelo nome,
e dar à dor… redenção.
Se choro, que eu saiba por quê.
Se amo, que eu diga sem medo.
Quero voltar a ser inteira —
mesmo que isso desfaça o enredo.
Pois viver é traduzir o invisível,
é dar voz ao que se perdeu.
E se um dia eu aprender a sentir,
Assim... eu encontre Deus.