PoetadeMarte

Entre o silĂȘncio e eu

Entre o Silêncio e Eu

Às vezes, o barulho do mundo me fere mais que o silêncio.  
E eu me retiro...  
Não para fugir,
Mas para reencontrar-me entre as pausas do tempo.  

Quero apenas me ouvir,  
Sentir o eco da minha voz em mim,  
Sem urgência, sem máscaras,  
Sem o peso do que esperam.  

Há solidões que curam.  
Que acolhem.  
Que silenciam o caos e fazem florescer.  
Não é ausência, é presença minha.  
Inteira.  

É no espaço entre um pensamento e outro  
Que volto a respirar,  
Volto a pintar com palavras  
Aquilo que só a alma entende.  

Solidão não é sempre dor. 
Às vezes, é casa.  
É pausa que abraça,  
É libertação de tudo que não sou.  

É quando me despeço da cobrança,  
Do medo, do controle,  
E finalmente digo:  
Sou só eu...  
E isso basta.