Anya

A Máscara das Promessas

Tão doloroso é alguém te prometer
enquanto, em silêncio, te destrói.
Palavras doces vestem o engano,
e o coração, cego, se constrói.

Por isso eu digo, com voz cansada:
nunca prometa o que não pode cumprir.
Promessas são flores frágeis,
murcham antes de se abrir.

Há promessas que morrem lentas,
como flechas que chegam sem aviso —
cravam fundo, rasgam o coração,
e deixam o peito indeciso.

No começo, tudo parece presente,
luz, encanto, esperança e fé.
Mas cedo ou tarde, o brilho mente,
e a máscara cai — mostrando quem é.