LuanaReis_

Arte bagunçada

 

E se a dor for poesia?

As facadas da memória,

que rasgam fundo o peito,

me lembrando que  existo?

 

E se for metapoema?

Todo amor desconhecido,

toda dor que arde as costas

de um pombo tão sofrido?

 

E se for literatura?

E se minh\'alma vira arte,

o sangue ser pintura,

de um tom vermelho carmim?

 

E se virar bagunça?

Mistura de tudo enquanto:

poesia, metapoema, literatura...

Ainda assim, minha dor será minha —

e pros outros, serei encanto.

 

Uma arte bagunçada,

Em forma de um pombo,

Que cita poemas, que não rimam.