Sou o que sou, na vida - matéria sólida,
física no compasso da agonia;
orgânica, pois, basta o tilintar - pulsante, do relógio da morte em meu peito.
Sou o que há: matéria física,
sou organismo, sou racional,
sou perfeito aos olhos do arquiteto,
aos meus? Imperfeito.
Sou alguém e nesta vida sou ninguém.