sou muito intensa, do tipo que vale a pena,
mas pena mesmo é sentir e não caber na cena.
escreveria mil poesias pra ele,
largava o mundo, esse mundo vagabundo que fere.
imagino ele chegando com um buquê,
resolvendo os caos, dizendo “fica com você”.
sou a que exige demais, mas sente demais,
num tempo onde o amor não dura mais.
bebo, fumo, só pra não lembrar,
que ninguém me ama do jeito que eu sei amar.
logo eu, cheia de amor pra dar,
me perco tentando me encontrar.
te escreveria mil cartas que nunca enviei,
com palavras que nem eu decifrei.
esqueceria o inesquecível por ti,
te doava o coração, mesmo sabendo que vai partir.
meu coração ingênuo, batendo em vão,
num peito que sente mais do que a razão.
e no fim, sobra só a pergunta, sem ninguém:
mas e você?
fica… ou me faz refém?