Jairo Muitonegro

Os Jardins Secretos do Desejo

 
No mapa da alma, um convite sutil, 
 
Desperta a penumbra em um novo abril. 
 
Os sentidos se aguçam, a pele vibra leve, 
 
Em cada sussurro que o vento me tece.

 
 
Há toques imaginados, calor que se aproxima, 
 
Numa dança secreta que a mente aproxima. 
 
O corpo se entrega, sem pressa, sem pudor, 
 
Aos rios internos que fluem em meu interior.

 
 
A chama que dormia, agora se acende, 
 
Em labirintos íntimos que a fantasia estende. 
 
Cada anseio oculto, um portal que se abre, 
 
Para um prazer profundo, que a alma descobre.

 
 
Em texturas e cheiros, em ritmos suaves, 
 
A sensualidade explora seus dons mais notáveis. 
 
Um véu que se ergue, revelando o querer, 
 
A arte de sentir, a magia do viver.
 
 
 
Deixo a mente voar, em liberdade plena, 
 
Traçando caminhos em ardente cena. 
 
Para que a paixão se manifeste em seu auge, 
 
Em cada suspiro, em cada miragem.

 
 
É o jogo da entrega, a busca sem temor, 
 
Que desvenda os mistérios do mais puro ardor. 
 
Nesse território íntimo, onde tudo é permitido, 
 
O corpo e a alma celebram o infinito.