Se meus pedaços se desfizessem
E minha carne se dilascerasse
A dor seria menor que sentir ao nu da pela
O que sinto e não sei explicar
Pois é indolor e sufocante
O que dói não é visto e nem curável
É ferida que abriu e não se fecha
Com toda pompa e luxo
É martírio latente e sofredor
Que mesmo indolor na carne
Dói no peso e no coração
Que um dia fora leve e afetuoso
Pois se vai um pedaço de mim
Da mesma forma que perdoo
Tiro de mim o que não tenho
Para relevar o que sinto intensamente.
2025 - Sabrina Luciana Braga