Eu tenho um abacaxi,
você quer comprar ele?
Ele é doce, suculento
e meio molenga.
Assim como todas
as coisas na vida.
Ele vai te dar prazer,
mas te pinicar também.
Você vai ficar satisfeito,
porém,
a língua dói também.
Esse não é um poema,
sobre dualidade
da vida.
Esse poema é para falar,
que até as coisas sem
sentido,
não tem sentido mesmo.
O final do poema é esse:
o abacaxi não era um abacaxi.
Ele era um monstro,
ele te devora e você morre.
Fim.