Hoje chorei, mas não de tristeza.
Nas lágrimas não havia amargor.
A sensação foi doce e divina.
Você imagina o que é chorar de amor?
Assim, hoje me peguei pensando,
imaginando,
procurando
e viajando... em minha mente,
Criando
uma palavra única para quem sente.
Uma palavra que pudesse distinguir,
diferir,
discernir,
E fazer sentir... emoção tão rara,
E existir
Pra dar nome ao que o coração não cala.
Ora, querido leitor!
Criei dessa forma,
Então foi criado assim:
\"Amare\" é amar e \"Vus\" é inventado,
Fingiremos que é latim!
Derivei “Vus” de uma visão,
Pode chamar \"Vultus\" ou \"Visus\",
Aquela do seu rosto com um sorriso
Céus! Preciso logo nomear isso!
Tudo bem! Chega de etimologia!
\"Amavus\" me parece bom:
Aquele nunca visto mas amado antes.
Me digo poeta e não tenho o dom!
Oh! Deus! Dai-me Foco!
Chegamos a um substantivo!
Mas \"Amavus\" diz tão pouco.
Que escrito cansativo!
Pode o coração ficar louco?
Já se acelera com o que penso.
A mente me auto-repreende:
por que sempre eu invento?
Mas esse amor tão imediato,
tão profundo,
tão insano,
esse amor assustador,
é sentimento muito estranho.
Ecoa de outra vida
reconhecido em um desconhecido.
Ou do futuro que se faz de passado,
Esse é um amor antigo.
É o amor antes do corpo,
Como se a alma se lembrasse,
Um amor predestinado,
Como se o destino apenas revelasse:
A falta do que nunca tive,
lembranças de o ter por perto,
a dor doce sentida há séculos,
Déjà-amour parece certo.
A mente desacredita em desacordo
Literalmente amor já vivido?
então é Déjà-amour finalmente
Acho que esse é o substantivo.