Raquel Ordones

Nude da alma

A palma do meu dentro para cima.

Rima com um querer; estupidez.

A tez eriça; desejo obra prima,

Acima, adentro, abaixo; em fluidez.

 

Outra vez, e outra vez... Consecutivo.

Cativo essa loucura; é só minha,

Desalinha; nada diminutivo.

Coletivo, gostar em mim aninha.

 

E caminha por meus eus um lampejo,

Ensejo ímpar, em mim um açude.

Em plenitude vivo e aqui versejo.

 

Vejo, suo ventos e quietude,

Saúde de sentimento, sobejo.

E despejo toda a minh’alma: seu nude.

 

Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie