Vergonha, ah! A vergonha.
como ela cobria meu rosto
e escondia minha essência.
Sabotagem, ah! A autossabotagem.
como ela dilacerava o meu corpo
e tomava minha consciência.
A máscara está descolando lentamente
mas como sua moradia em minha pele foi extensa,
ela se vai arrancando meus pedaços
friamente
e me deixa esfolada,
sem assistência.
Apesar da dor,
não sentirei falta dessa carne podre
e quando as feridas enfim cicatrizarem,
andarei com meu novo rosto:
Um rosto levantado,
mais maduro
e respeitado.
Eu era inimiga de mim mesma
e nunca havia revidado,
mas hoje luto contra minha mente
e algum dia,
o meu corpo conquistará minha autoconsciência.
Então, finalmente,
a sabotagem que dirigi a mim mesma
será vencida
e deixará de existir
em todo o meu corpo e cabeça.
Corpo completo, mente completa, rosto completo
serei definitivamente feliz
depois de toda a dor da insistência.