Quando eu morrer, não chores!
Não chores, não finjas ou lamentes.
Estarei por aí entre as poeiras,
serei esterco de algum jardim...
Só sei se descansarei! 
Descansarei, dos meus infortúnios.
É uma porta que se fecha! É silêncio!
Adormecerei! Deixo a vida e meus tédios...
Será que levarei alguma saudade?
Nessa viagem levarei algum poema?
Não, não! A morte finda tudo...
Até as tristezas cessam, cristalizam-se.
Na morte e no meu leito solitário,
talvez eu ainda sonhe com os vales
derramando as derradeiras paisagens!
Talvez eu tenha medo desse anoitecer... 
Não chores, não lamentes, não sofras!
Não serei sepultado, vivarei pó.
Viajarei por tantos lugares ao vento.
(Esse é o meu conforto!)
Assim prefiro a morte a me acalentar...