Na xícara
nasce uma figura qualquer,
feita da borra do café.
Dou-lhe nome,
dou-lhe vida,
desejo a ela um bom dia.
Desfaço.
Desmancho.
Faço outra, diferente.
Desejo a ela que siga em frente,
que sonhe, que corra.
Já prevejo seu futuro...
A esponja,
o detergente,
a água corrente