Antes, houve um dia em que você uivava e a lua cantava junto;
meus olhos estrelares refletiam tua luz, e eu me sentia em pura ventura.
Hoje, há uma nova canção que, se você prestar atenção,
ouvirá apenas gritos, lamento… Oh! Desespero.
E meus olhos já não refletem aquela lua: eles choram,
choram e clamam por silêncio… Ah! Livramento.
O seu uivo já não é mais fraco,
nem ingênuo,
nem melódico
como antes.
E o meu olhar… Ah! Meu olhar já não é mais fúnebre,
nem espelhado,
e não me sinto mais branca
como antes.
Mas a Lua… ah, nossa um dia querida Lua…
ela já, continua e sempre continuará como antes,
apenas não mais cantando em tua melodia.