Ana Vilarejo

Um romance antigo

Um romance antigo

Não chorei; ainda estou no primeiro capítulo.

Sinto a sede dos teus lábios nas palavras que o tempo deixou — ali congelado no instante em que o outro capítulo guardou uma vida passada.

Viro a página e encontro, na gaveta esquecida, um poema que diz: “Guardei no intervalo das palavras o amor que sussurra em teus lábios, com o livro nas mãos e um lenço no verso…” 

(Ana Vilarejo)