Tenho o costume de montar palavras usando as teclas do computador
Um fantasma das letras
Rouba os buracos entre elas
Forma uma ponte
O fantasma continua voando
Termino de teclar e ele vem
Recolocar os furos
Some o fantasma, some comigo
Restam os escombros no fundo do rio
Imagino aonde são levados
E se são os peixes que levam os restos das palavras até mim
E se é a lama que acoberta a minha fala