Acho que aprendi tudo com você.
Tempo que me faz afastar a saudade.
Sinto que faltam anjos para me explicar como rezar.
Se Deus é real, porque não sei rezar?
Porque meu senso decerto e errado parece tão óbvio?
Por que tudo o que envolve problemas e soluções, se resumem a você.
“O meu bem, você esqueceu o seu canto, no meu canto”
Eu quase me esqueço que você me chama de amor pelo motivo errado.
Como se a sua confiança se baseasse no fato de que sou seu.
No fato de que ainda estou aqui.
Como um imortal pela metade.
Que vive o bastante para no fim morrer com suas vontades!
Como se eu fosse uma revelação pronta.
Disposta a se sacrificar pelo bem maior, você.
“Passamos a vida toda brigando com as pessoas e na maioria das vezes… estamos brigando com nós mesmos…”
Eu me esqueço.
Acho que esse é o meu maior defeito.
Como arranjar uma salvação?
A vida é linda, mas como continuar no mundo
Quando ele desertou?
Quando desistiu de viver.
Quando desistiu.
Mas to aqui.
Tentando ser o melhor dos dois mundos.
O que eu era e o que mereço ser.
Mas mesmo tentando ser diferente.
Sinto que o dom de existir me move até o norte.
Como se lá estivesse o verdadeiro motivo.
O verdadeiro eu.
“E tudo que eu posso te dar é a solidão com vista pro, mar”
Sinto que com o passar do tempo, eu estou parando de ser eu.
De oferecer o dom que me foi dado.
O prazer de ser usado e ser jogado fora.
O sentimento de ser: mandado, adorado, acariciado, machucado e amado por você.
Porque é isso que eu posso oferecer.
A solidão com vista pro, mar.
A solitude com a companhia perfeita.
Você.