Lorena, és minha benigna Vênus,
Meu ninho de graças e de amores,
Cerúleo, tal como divã de prazeres
Almiscarado por primaveris flores.
Teu peito é uma gloriosa acrópole,
Onde o santo altar é seu coração
E os sagrados hinos do Olimpo
São meus versos de terna paixão.
Teu belo corpo tem perfeitas linhas
Como uma Musa grega cobiçada,
Mas entre as beldades terrestres
Tu és a única fielmente venerada.
Tuas mãos graciosas me acolhem
Tal como um sacrifício que contenta,
Eis-me em ti, um devoto íntegro
Que cessar louvores jamais intenta.
Tua angélica imagem é meu ídolo,
Os cálidos amores, intercessão,
E, como Vênus está na alva concha,
Estás no recôndito de meu coração!