Gabriel Oliveira

Sempre haverá o Sol

Um ar novo vem a mim

Entretanto, para qual fim?

Se meus pulmões estavam frios

E meus tons sombrios?

Ora, faz-se indispensável

Restaurar o que era estável

 

Sempre há um novo dia

Mesmo que triste

Nem sempre a frente é fria

É ignóbil, mas tu riste

A semente não aflorou 

E sua cor desbotou

 

Havia sim uma flor

Que você achou aqui e acolá

Era tão bela e delicada

Não pensava que tamanha dor

Iria ir lá no seu interior

E,pra cura, não há doutor

 

Não quero te desanimar

Muito menos te ver chorar

Levanta-te, limpe a poeira de si

O futuro espera por ti

E não quero te ver quebrado

Mas animado e focado

 

Pegue a caneta, escreva letras

Olha para tu e prometas:

“Eu preciso de mim

Deixei-me de lado por muito tempo

Reformarei meu jardim

E calarei esse tormento”

 

Sempre há o Sol

E com ele um novo dia

Uma nova nota-sustenida ou bemol-

Um dia caloroso ou uma frente fria

Contudo, todo dia é,

E sempre será

Uma esperança de recomeço.