LIVRE CATIVEIRO
eu olhar pede cativeiro,
mas é tua alma quem comanda o jogo.
Teu corpo, em chamas, é chama que provoca,
um convite ao risco, ao doce abismo do fogo.
No roçar das palavras, nasce o domínio,
no respirar, o fio da tensão.
Tu te rendes — não por fraqueza —
mas por prazer em sentir o controle da paixão.
Minhas mãos não tocam, ordenam com o ar,
e tua pele obedece ao vento,
como se o desejo fosse lei,
e o arrepio, castigo lento.
Há poder no teu gemido contido,
há trégua no teu suspiro submisso,
e no fim, quando o silêncio reina,
é o amor que dita o feitiço