Vim do mesmo, mas caçula, própria de mim
Desde que me entendo, é tudo que conheço
Conhecem-me e mantêm, como coração ileso
Em pedestal de vidro, aura emana o calor
Da luz amarela, a auréola, véus de cetim
Torcedor, de mim em essência, operador.
Seres a pressentir, seja química ou frenesi
Partes de mim, compartilho, com todos esses
Mas me impedem, afastam-me, como ecos em si
Procuro aprender, curiosos, olhos inocentes
Conheço-me em ti, reflexos, águas profundas
Sentimento de amor, sem lembrar dos pudores.
Quando eu percebi, me distorci, naturalmente
Assumo seus olhos, castanhos-carmesim, enfim
Um coração afiado, sem aranhas e emaranhados
Ódio não mais só por si, e sim íntegro a mim.