Na noite de desejos,
sob o luar, te escutei.
De braços entrelaçados,
sobre a noite — caímos, caminhamos.
Nas indas e vindas,
no declínio,
na curva
desse monte íngreme,
teu corpo,
trilhamos,
de mãos agora atadas.
A tempestade de sentimentos —
você falou e nem pensou:
“Te amo”.
Estava na chuva.
Se enganou.
Uma dúvida nasceu no coração.
Jamais te esconderia,
mas te levei para encontrar
teus lábios aos meus.
Na escuridão da noite,
ouço o timbre da tua voz,
até o amanhã acordar.