Pietra Figueiredo

Sob o luar

Na noite de desejos,

sob o luar, te escutei.

De braços entrelaçados,

sobre a noite — caímos, caminhamos.

 

Nas indas e vindas,

no declínio,

na curva

desse monte íngreme,

teu corpo,

trilhamos,

de mãos agora atadas.

 

A tempestade de sentimentos —

você falou e nem pensou:

“Te amo”.

Estava na chuva.

Se enganou.

Uma dúvida nasceu no coração.

 

Jamais te esconderia,

mas te levei para encontrar

teus lábios aos meus.

Na escuridão da noite,

ouço o timbre da tua voz,

até o amanhã acordar.