haidra

Existencialista

Porque a gente continua,

Se o mundo tem sido tão frio? 

Vejo mortes e carne crua, 

Vejo amigos meus, todos feridos. 

 

Ninguém aqui está protegido, 

Pois eu vi o punhal marcado de carmim;

Sangue quente descendo em pingos,

Do lábio cortado de um serafim.

 

Porque a gente continua,

Seguindo como se fosse só mais o de sempre?

Como viver em meio à guerra,

Se a guerra atenta contra o viver da gente?

 

E me diga o porquê,sem amaciar com poesia,

Todo mundo no mundo é alvo, dependendo ou não do que é? 

O mundo não vive de meritocracia;

As pessoas dão à eles a riqueza, e ainda morrem comendo migalhas e vivendo de fé. 

 

O mundo é estranho, a liberdade é um enfeite. 

As pessoas perderam a habilidade do amparo,

E ainda assim ninguém tem coragem de se perguntar se é um psicopata no fundo da mente.

Já não há humanidade, e ainda assim continuo vivendo como se não houvessem rasgos.