Javier Jimenez

DA CARNE E DO ENGANO

Da carne e do engano

Então,

Percebi no instante em que penetrei sua falsa integridade moral...

Que, 

essa personagem guarda uma criatura sedenta de prazer carnal.

 

Seus movimentos entregaram uma vida de práticas, até a perfeição... 

Seus gritos detonaram debilidade pela violência ligada à paixão... 

 

Sem poupar pele, posições, desejos, acessos... entregou-se toda,

como se não houvesse amanhã, como se fosse a última transa da roda.

 

Não desperdicei nenhum centímetro daquele território capitulado,

aproveitando cada oferenda, cada mordisco, cada pecado.

 

Foi ali que percebi o quanto estava iludido, equivocado:

nesse jogo furtivo de prazer, fui a presa, fui caçado.