À beira da estrada, onde o orvalho gela, Uma noiva fantasma, pálida e bela. Seu véu rasgado, como nuvem de dor, A alma perdida, sem nenhum pudor.
Vestido branco, manchado de escuridão, Olhar vazio, sem uma emoção. Espera por alguém que jamais virá, Um amor roubado, que a morte levará.
Os olhos ocos, frestas de um passado cruel, Lágrimas secas, em um pranto infiel. A brisa noturna, seu sussurro é lamento, Eco de um grito, de um juramento.
Mãos diáfanas estendidas no ar, Convidando o viajante a se aproximar. Um toque frio, que a vida suga e consome, Deixando a alma vazia, sem nome.
Ouça os gemidos, na escuridão sem fim, A noiva fantasma, à espera de ti. À beira da estrada, sob a lua fugaz, Seu amor eterno, em um abraço de paz... Ou será morte? O mistério jaz.