chora, pequenino, chora…
brincas com pensamentos?
espreitas para lá
de onde o além mora,
chafurdas em lamentos?
pensas num mote,
um Buda com saber,
entrado no bote,
difíceis tempestades a vencer.
não… meu pequenote, Ulisses não és;
para Deus falta-te tudo:
a alegria, a quietude, uns pés,
sua estátua de veludo.
avisei-te, meu querido:
não queiras reinventar o amor,
já deves ter sabido
qual o teu valor.
para ti, o silêncio do nada,
sussurro das ondas,
luzes da alvorada,
carícias longas e profundas…
ouve o vento,
sente o abraço do mar,
respira lento,
aprende a esperar