Sou prisioneira de mim mesma,
habitante de um jardim que só eu conheço.
Meu jardim é secreto — sua chave é o coração.
É nele que me refugio do mundo,
onde o silêncio floresce e o tempo se deita.
Ali, me quedo a imaginar,
enquanto o vento me embala entre emoções contrárias:
algumas afiadas, que rasgam o peito,
outras doces, como o perfume de uma flor.
Mas mesmo as flores mais belas são frágeis,
como a rachadura de uma rocha,
onde a vida insiste em brotar,
mesmo em meio à dor