Em um amanhecer de um dia qualquer, no silencio da cidade, no vazio das ruas quietas, em uma cama macia, alguém se levanta. De olhos fechados, o tempo parado, na busca do acordar na presença do sono. Ela com seus braços longos, se espreguiçando, buscando coragem para levantar, o sono que está a seduzila, para voltar ao paraíso dos sonhos. E no inpulso de coragem se levanta, põe sua roupa, pega suas chaves, e sai pela rua correndo. O sono que vai perdendo força e a coragem ganhando espaço. Com motivação sai pelas ruas vazias em busca de algo que precisa, talvez um corpo belo ou apenas o pão para o café.
Nas ruas vazias ela encontra o silencio ensurdecedor e a paz que reina em uma cidade barulhenta. Seus paços firmes continuam, o folego começa a faltar, o suor a descer no seu corpo esbelto e delineado, que mais parece um violão, os cabelos presos dando ênfase ao seu pescoço fino e desejoso, agora molhado pelo suor, se destaca perante aquelas ruas sem alegria.
Quão belo é o horário das 5:00, quem em são consciência quer levantar esse horário? Se não por uma rotina melhor ou estilo de vida, ou até mesmo ser o primeiro a comprar o pão quentinho da padaria. O que há de novo? Se não as conquistas e as vitorias de uma vida sem sentido.
E aqui encontramos nossa “musa fitnes” finalizando sua corrida, feliz por ter cocluido sua missão do dia e satisfeita com todo aquele progresso. Ela entra no banho com um sorriso de orelha a orelha, gritando: “eu venci, eu venci, eu venci”. Logo após, encontra pessoas que aplaudem sua determinação, olham para ela com aquele olhar de respeito e admiração. Já não é mais 5:00, mas a alegria de levantar 5:00 só vem depois do processo.
O que parecia impossível, tornou-se possível, graças a um pingo de coragem e um pouco de motivação. O que antes era tortura, agora é satisfação. Afinal das contas o que move nossa protagonista é sua força de vontade e seu desejo pela tão desejada beleza.
E aqui se encontra essa mesma garota, deitada em sua cama, sonhando tudo que acabamos de ler. Ela em seu lençol bem confortável, que a protege do vento frio do ventilador, o alarme tocando e tocando e ela sem saber da existência dele, só ouve um simples ruído tão distante que mal dar de ouvir, porque essa é a magia das 5:00. E em um sono profundo, um sonho perfeito, com o sorriso no rosto, ela fala baixinho: eu venci, eu venci, eu venci...