Vlad Paganini

CORPO ARDENTE

CORPO ARDENTE

 

Noite passada sono perdido

Tua imagem em minha mente

Um propósito pra te esquecer

Me entreguei a loucura do teu olhar

 

Amor que me arrebata

Tentei  te tirar de mim, dos teus destroços

Lutei, fiquei sonâmbulo, perambulei

Me desnudei

Tentei te tirar de dentro dos meus ossos

 

Uma pequena voz ecoava

Soava como um rio seco, angustiado

Era um propósito, um depósito

Um pagamento de renuncia

Então me entreguei a loucura da tua imagem

 

Cheguei a ir longe, muito longe...

Do rio seco angustiado virei água virada

Rasgando a verdade da minha boca

Minhas veias pulsavam e iluminavam teu corpo

 

Tentei me perdoar, por te amar

Me perdi no teu desrespeito

Retive a verdade do meu amor nos meus olhos

Segredos do meu sol no escuro da noite

 

Cheguei a ir longe, muito longe...

Rasguei a verdade novamente

Relutei incansavelmente

E novamente você ali na minha frente

Teu amor moreno renasce

Brasa de ferro ardente

 

Minhas veias acendem pulsando no meu corpo

Minha alma agora se torna calma

Velas em chamas me traz a tona, vida real

Coito, cópula no teu suor moreno ardente

 

Te quero em minha mente em meu peito

Você permanece na minha pele

No meu leito eterno, pra sempre

Te desejo escandalosamente

Por todo o meu ventre

 

Vlad Paganini