Fabricio Zigante

CHUVA

Oh! No horizonte toldado de neblina,
Meus olhos só veem a opacidade...
Lorena, assim ficaram minhas vistas
Quando sua presença virou saudade!

 

Ah! O sol se escondeu entre nuvens,
O firmamento é um alvíssimo véu,
Assim teus ardentes olhares não vejo
Para raiar com ternura este meu céu!

 

Oh! É sempre num gotejar profundo
Que a chuva primaveril cai no jardim,
E minha saudade, tal como a chuva,
Com sua imensidade cai sobre mim!

 

Ah! Lá no céu as nuvens se rompem,
Há um raio de luz com perseverança,
Tal glorioso raio de sol entre a chuva
É semelhante à minha esperança!

 

Oh! Parece haver trégua... mas não...
Lá fora a chuva ainda cai sem cessar,
E me inspirando com profunda dor,
Assim, a chuva me ensina a chorar!