haidra

Pobre menino pobre

O brilho nos olhos do garoto, cheio, aguado, amuado, ansioso,

 

Ao admirar os bens dos colegas, engomados, caros, divinos, livres da miséria. 

 

E contemplou distante como o vapor do café; Todo inocente, menino, cego, pequeno, crente, 

 

Que apenas com trabalho e dedicação, chegaria lá, no alto, nos braços, no sossego, silêncio, o altar. 

 

Pobre menino pobre, que trabalhou incansavelmente, 

 

O corpo carcomido, cansado, frágil, sujo, distante,mergulhado na letargia da mente.

 

Mesmo cheio de algumas moedas redondas no bolso, níquel, dourado, pesado, reluzente, 

 

No dia do seu leito, o descanso eterno,o sossego, o sopro, o beijo do fim,

 

Eternamente, morreu como o menino que não tinha nem um vintém.