haidra

Anseio sublimar

Plenitude invejável, 

dos jovens voluptuosos. 

Sem destino, 

então sem peso de ter um. 

 

Não é que eu queira ser do mundo, 

o mundo é muito pra mim, 

Mas eu quero minha carne sublimando-se. 

Desatada, esvoaçando ao fim. 

 

Então sentirei na pele o eu, 

Não como o eu que será alguém ou será algo, 

Não como o eu que eu sonho, 

Mas aquele que me encontro nos momentos mais dolorosos; 

Meu pedaço que me faz náufrago. 

 

Quero a liberdade de ser eu, 

Não como recompensa

Depois de cumprir responsabilidades ilegítimas, 

Nunca quis tanto respirar, 

Sentir que os pulmões eram meus.