Aquela que sangra...

Morta pelas mãos que amei

Ah, que belíssimo!

Esplêndida paisagem desses cacos ao chão.

Cuidado! Você pode se cortar...

Não percebes que isto é meu coração?

 

Eu cuidei, guardei e entreguei a alguém,

Mas ele não cuidou, não guardou — apenas esmagou.

Por isso, o chão está sujo...

Não vê que tem sangue também?

 

Entreguei os mais belos versos,

As mais incríveis poesias,

As harmonias grandiosas...

Entreguei tudo — e o nada.

Mas fui morta pelas mãos que eu amava.

 

A morte não é dolorosa,

É apenas silenciosa.

Quando nasci, abri os olhos devagar para ver a luz da esperança;

Agora, fecho os olhos com a angústia da ilusão.