Teus seios, são a pulsação da campina:
Duas piras de fogo insano, ardendo.
São o nó que aperta, o pecado na languidez mais profana,
A nervura viva que a pele está a render.
Quando os vejo, soltos e mal contidos no tecido,
Visualizo a sensualidade que de ti irrompe e se espalha,
E os poemas mais ardentes se escrevem nos teus decotes,
Um suave delinear que o corpo nu jamais calha.
Neste vaso de prazer onde a vida transborda,
Eu me deleito, explorando a beleza que a natureza te deu.
A sensibilidade aflora em cada toque que a pele acorda,
Fazendo brotar o desejo mais fundo, que em ti se perdeu.
Ele vem e queima com uma força que nada retém.
Com seus bicos entre meus dedos, clamo por teus beijos,
Que saciam nossa sede, devolvendo a alegria que nos convém.
Para amar-te intensamente, sabendo que em teu corpo me vejo.
Teus seios são o início, o centro e a eternidade do gozo,
O prazer que deflora e invade todo o meu pensar.
Pensamentos obscenos, excitados, fugazes...
Em ti, encontro o puro prazer de querer amar.