Há um feitiço em teu semblante,
onde o mistério se aninha sereno —
um olhar que fala em silêncio,
e acende mundos no escuro terreno.
Tua boca é convite e poesia,
metade desejo, metade melodia,
suspensa entre o sonho e o beijo,
onde o tempo se curva em magia.
E teus cabelos, rios de noite e vento,
dançam como versos em movimento —
um murmúrio de ternura e chama,
onde o amor desperta e se inflama.
És o instante que detém o dia,
a musa que o poeta adivinha,
beleza que nasce do mistério,
e vive para ser eterna em rima.