Me permita
Me permita escutar este amiúdo gesto;
Me permita a lhe dar o êxtase para o seu fremir;
Me permita a sentir o vagido de sua alma;
Não se deixe perdido na traiçoeira do vazio
Nem na margem do abismo.
Me permita
Me permita a também congelar nos seus braços;
Me permita a hastear o que está degolado;
Me permita a tentar proteger aquilo que no seu peito era blindado;
Oh sólido Moribundo,
Um dia lhe escrevi e hoje estou aqui!
Deverás em me permitir
Grande sábio dos falsos insensatos
Perdido no aflito e no fluido sorriso,
Só quero que saibas que estou aqui.