Julio Santiago

Me Permita

Me permita

Me permita escutar este amiúdo gesto;

Me permita a lhe dar o êxtase para o seu fremir;

Me permita a sentir o vagido de sua alma;

Não se deixe perdido na traiçoeira do vazio

Nem na margem do abismo.

 

Me permita

Me permita a também congelar nos seus braços;

Me permita a hastear o que está degolado;

Me permita a tentar proteger aquilo que no seu peito era blindado;

Oh sólido Moribundo,

Um dia lhe escrevi e hoje estou aqui!

 

Deverás em me permitir

Grande sábio dos falsos insensatos

Perdido no aflito e no fluido sorriso,

Só quero que saibas que estou aqui.