Estávamos eu, você e a lua,
num abraço que se tornou minha morada.
Era uma fria noite de maio,
uma noite que se confundia com o dia.
Os raios de prata tornavam tudo mais belo,
e meu peito, cheio de amor por ti,
parecia compreender a mensagem que a lua sussurrava.
A mesma lua que já presenciou tantas histórias de amor,
que banhou com seu brilho tantos amantes.
Hoje, ela testemunha o turbilhão
que por ti explode em meu peito.
Só ela poderia medir a intensidade deste amor.
Desde os primórdios da humanidade,
ela observa, silenciosa,
cada gesto, cada olhar, cada suspiro.
Às vezes, parece até nos aplaudir discretamente,
como quem sabe da verdade,
como quem esteve presente em cada instante da nossa história.
Sabe, acho que ela conhece meu amor por ti,
pois até as nuvens se afastaram,
nos dando espaço, apenas nós três,
para que a intimidade fosse plena,
para que o silêncio falasse por nós.