ABISMO COM ASAS
A beira de um penhasco morto
Corpos e cabeças algum dia já vividas e cheias de histórias
Ao qual se transformaram em pó
Inútil e decrépito.
Mal cheiro ao abismo da morte
O destino de todo e qualquer um que já ousou respirar nessa terra
Ar rarefeito de odor visceral
Olhando o breu que tanto atormenta os viventes
Que tanto querem partir,e a hora chega
E eles fogem tal qual gatinhos assustados
Mas há de ter os corajosos,que aceitam seu iminente destino
Piso em falso,já planejado a tempos
Caindo na escuridão do final eterno
Sem dor.
Sem sofrimento.
Só queda.
E… paz,muita paz.
Abro os olhos,o céu límpido e exótico
Ainda em queda,sentindo algo florescer a minhas costas
Asas,finamente asas
Belas e fortes
Caindo no mundo aguardar que desejamos
Desde que viver virou dor.
Sorria igual criança.
Sonhe com a paz eterna.