Bruna Davylla

O equilíbrio impossível

A vida se revela em facetas,

Com tristes sombras e belezas concretas.

Viver sem dor, de fato, é impossível;

Um fardo que na alma se faz visível.

Tudo nos pesa, o amor e a dor tamanhos,

Em equivalência de pesos e de ganhos.

Pergunta a alma, em seu dilema infinito:

Amar sem dor seria um divino?

No peito, a mágoa, a dor que não se cala,

Enquanto o coração em fortes ritmos embala.

Mais uma ilusão no horizonte a surgir...

Seria esta, afinal, a forma de morrer?

Morrer no engano, no que não pode ser,

Ou viver no eterno ciclo de sentir?