A vida se revela em facetas,
Com tristes sombras e belezas concretas.
Viver sem dor, de fato, é impossível;
Um fardo que na alma se faz visível.
Tudo nos pesa, o amor e a dor tamanhos,
Em equivalência de pesos e de ganhos.
Pergunta a alma, em seu dilema infinito:
Amar sem dor seria um divino?
No peito, a mágoa, a dor que não se cala,
Enquanto o coração em fortes ritmos embala.
Mais uma ilusão no horizonte a surgir...
Seria esta, afinal, a forma de morrer?
Morrer no engano, no que não pode ser,
Ou viver no eterno ciclo de sentir?