Fabricio Zigante

CHUVA DE LÁGRIMAS

Desde que você partiu, em minha janela, 
todos as noites vejo a chuva cair. 
Mas... Oh! É o reflexo de meu rosto em lágrimas...

 

Lágrimas inundam-me o rosto
Quando a saudade aperta o peito,
E não sinto sua querida presença
No vazio que restou em meu leito!

 

Lágrimas inundam-me o rosto
Por não ser possível ao coração
Esquecer de vez e recomeçar
No ardor de uma nova paixão!

 

Lágrimas inundam-me o rosto
Pelas folhas do romance, rasgadas
Pelas mesmas mãos que outrora
Só deram ternas carícias amadas!

 

Lágrimas inundam-me o rosto,
Pois outros olhos não cativaram
Com a mesma doçura que tivera
Teus olhos que tanto me fascinaram!

 

Lágrimas inundam-me o rosto
Pelas amarguras de uma saudade
Que o tempo jamais cicatriza,
Nem traz em forma de felicidade!

 

Lágrimas inundam-me o rosto
Desde que anunciou sua partida,
E com olhos tristes e rasos d\'água
Condenou-me chorar por toda a vida!