Todo dia o trabalhador,
acorda do seu sossego,
no seco,
um novo dia brilhará.
Vai para a fábrica,
trabalha, trabalha
e trabalha.
Mais, mais e mais.
Sua, sua e sua.
Trabalha, produz,
estima, superestima,
Para quê? Para quem?
Por quem? Por onde?
O rato nunca será o gato,
O mendigo nunca vai ser rei,
o trabalhador nunca será...
recompensado.
Salário? Cerveja? Folga?
Insultos a dignidade.
Papo coach, \"esforce-se mais?\"
Pirou?
Nada é alterável,
a vida não é xadrez,
o peão não vira dama,
a dama não vira peão.
Esse poema sangra,
escorre pela tela,
do monitor de quem lê.
As partículas luminosas
entram em sua retina,
seu cérebro interpreta.
Ele entende, ou desentende?
Você tentará mudará algo
ao ler isso?