Hoje lhe vejo em um raio solar,
E o vento da noite, ainda sopra,
Bem quieto, sem seus fios perturbar,
A harmonia física da sua forma.
Ao caminhar por entre as areias,
Ele sussurra frases de carinho,
Sobre os sons das sereias,
Para seus ouvidos presos no limbo.
E vai assim conforme o tempo,
Notando seu pequeno grande sorriso,
Relato nas pedras do próprio vento,
Emoldurado pelo seu cabelo liso.
De maneira mais nobre, na sua vista,
Das bocas dos sábios gregos,
Ditada de ti toda a singela menina,
Para todos estes poucos versos.
Se um dia, em um dia inteiro,
Se neste dia, como aparecesse,
Tudo seria do nosso jeito,
Tão cedo, mais que amanhecesse.
E tão paupérrima, seria a tristeza,
Justo é ela não se intrometer,
Neste dia de eterna beleza,
E de constar o nosso amor florescer.
Para não mudar com a vida,
Parar o vento, o rio e o tempo,
Incertos anjos tocariam em comitiva,
Os belos de simples sentimentos.
Cada qual meu não se alcança,
Com toda felicidade,
E seu olhar, me lança,
Digo porque te amo de verdade...
Bem quieto, sem lhe perturbar,
A física da sua forma real,
E seus olhos a lançar...
Esta certeza ideal!!!
Não quero que entenda mal,
Mas é real de si mesma,
Um diferente, surreal,
De alegre doce incerteza.
E tentar decifrar sua imagem,
É mais, o que posso fazer,
Porque não se trata de miragem,
Quando as flores falam de você.