Toda noite, a mão se estende até você
E se pergunta por que nunca alcança
Nos seus sonhos, ela imagina uma dança
Como criança, te levantando contra a luz
Mas na vida real, a mão nunca alcança
Talvez por medo de quebrar seu vidro frágil
De ser ágil demais em te conquistar
Talvez por medo de alcançar e estar aqui
E descobrir que o que queria estava lá
Quando o medo bate, a mão amansa
Ela treme ao ver as outras taças
E como sempre, nunca alcança.
Ela sabe que sua cor é mais que seu reflexo
Que seu toque é mais que um poema desconexo
Que você é mais que um sonho de criança
Então por quê?
Por que a mão
Nunca alcança?