É que tua voz
não me diz ao certo quem tu és.
Tuas mãos passeiam pelo meu corpo
como quem nada quisesse.
Feriste meu peito
como bomba que dilacera um coração.
Não me olhes
como se sempre estivesses aqui.
Não me digas
que nunca quiseste fugir,
que as consequências da vida
te levaram a tais escolhas.
Não me castigues
com palavras mentirosas.
Cala-te.
Tuas mentiras já te devoram por dentro.