O mar bate na rocha,
tantas vezes,
mas tantas vezes,
que deforma-a.
O contínuo continua,
indo, construindo,
destruindo, reconstruindo,
de novo, de novo e de novo.
A maré se recolhe e encolhe,
se dobra e desdobra,
um limiar contínuo,
que vai e vem.
Dia, noite, noite, dia.
As estrelas no céu brilham,
porque um novo dia,
um dia virá,
nesse luar,
tudo brilhará.
Tic-tac, tic-tac.
É o som do fim
desse poema,
mas logo,
outros virão.
Tic. Tac.