A passo que esperava algo que suprisse faltas que nem eu sabia que existiam, me perdi...
Me perdi nas migalhas emocionais que eu via como atos incríveis, extraordinários e gigantescos.
Me perdi na realidade ilusória que eu mesma construí.
Me perdi na projeção exacerbada e na interpretação equivocada da minha existência.
Me perdi no olhar puro sobre aquilo que, na verdade, era manipulado.
Me perdi.
Me perdi.
Mas me encontrei.
Me encontrei ao perceber os padrões de repetição que me levavam exatamente para onde eu não queria estar, mas que ainda assim era familiar.
Me encontrei quando me percebi, me olhei e, enfim, me aceitei.
E no silêncio desse encontro comigo mesma, descobri que nunca estive perdida — apenas em caminho de retorno ao meu próprio coração. Eliete Souza