Melissa Bispo

MEDO

Criando coisas no meu consciente,
silêncio.
nessa prisão que me encontro, carrego sonolência e ecos calados.

 

Toda noite o som retorna,
ressoa em meu coração. 
o abismo profundo, 
não causa mais tremor
não me assusta, até conforta, pode trazer derrota.

 

O meu olhar se faz vazio,
O brilho, se ofuscou.
Apagou-se em vertigem.
Pergunto-me:
- Será este o meu fim?
- Viverei assim eternamente?

 

Queria me curar, 
mas não encontro caminhos discretos.
Um gume parece a solução:
Rasgar a pele, liberta a dor.

 

Mas não cura;
Só fende.